O Sindicato dos Professores da Região de Lagos (Sinpro Lagos) vem a público manifestar toda a sua preocupação e indignação quanto à situação de combate à pandemia, em relação ao setor educacional, especialmente nos municípios de Arraial do Cabo e São Pedro da Aldeia, mas também em toda a Região dos Lagos, onde alguns donos de estabelecimentos de ensino, mesmo com a proibição oficial da parte das prefeituras e Secretaria de Estado de educação RJ, vêm mantendo as escolas abertas, com aulas presenciais. Tal postura, além de ser ilegal, é tremendamente perigosa e coloca em risco a saúde das professoras(es), demais funcionários, estudantes, pais e responsáveis, dado o altíssimo nível de contágio da doença, incluindo as novas cepas.

Lembramos a que nossa Região dos Lagos está se aproximando do colapso sanitário, com 100% de ocupação dos leitos e uma grande fila de espera. No município de Cabo Frio, inclusive alguns donos de escolas vêm agindo de forma perigosa, colocando em risco os profissionais de educação e estudantes: existem casos confirmados de covid de professores e funcionários e as mesmas escolas ainda estão abertas, colocando em risco a vida de todos – há uma escola com 12 casos confirmados de professores com a doença; outra com três professores e dois funcionários.

Apelamos às autoridades públicas que reprimam, dentro da lei, a postura dessas escolas. Da parte do Sinpro, informamos que denunciaremos a situação às autoridades, tendo em vista a necessidade de salvaguardarmos a vida dos educadores.

Aos pais e responsáveis, pedimos a compreensão nesse momento tão difícil: o ensino poderá ser reposto, mas as vidas, não.

Infelizmente, o pais está caminhando para uma média de 3 mil mortos por dia, por conta da covid-19 e por causa da confusão administrativa e sanitária – mas o Sinpro se recusa a trilhar esse caminho negacionista. A cada dia, mais professores, funcionários e estudantes de escolas públicas e privadas vêm se contaminando pela covid-19.

Chega de descaso! Faz-se necessário, nesse momento, que as escolas mantenham apenas as suas atividades remotas e com isso possam continuar preservando vidas, como foi feito no ano passado, quando a pandemia não apresentava o quadro tão trágico como o de hoje.